Thunder vence Pacers em Game 7 e conquista primeiro título da NBA em Oklahoma City

Em uma noite de tensão e história, o Oklahoma City Thunder derrotou o Indiana Pacers por 103 a 91 no Paycom Center, em Oklahoma City, no domingo, 22 de junho de 2025, levando o título da NBA pela primeira vez desde que se mudou de Seattle em 2008. Foi o primeiro Game 7 das Finais da NBAOklahoma City desde 2016 — e o primeiro na história dos Pacers. O jogo, o 20º Game 7 da história das finais, terminou com o time da casa vitorioso, como aconteceu em 16 dos 20 jogos decisivos desde 1950.

A ascensão de uma franquia reconstruída

Desde que escolheu Shai Gilgeous-Alexander na 11ª posição do draft de 2018, o Thunder construiu uma equipe com paciência, identidade e resistência. Nada disso foi fácil. Após anos de reestruturação, trocas e desenvolvimento de jovens talentos, a equipe finalmente alcançou o topo da conferência Oeste com o melhor recorde da temporada (62-20). Mas a verdadeira prova veio nas finais. Contra um Pacers que começou a temporada com 10 vitórias e 15 derrotas, o Thunder enfrentou uma luta de sete jogos — cada um mais intenso que o anterior. O título não veio por acaso. Veio por construção.

O domínio de Gilgeous-Alexander e a resistência dos jovens

Quando o jogo mais importava, Shai Gilgeous-Alexander foi impecável: 29 pontos, 12 assistências, 6 rebotes e apenas 2 turnovers. Ele controlou o ritmo, fez os passes certos nos momentos críticos e, quando o time precisava de um ponto, ele encontrava o caminho. Jalen Williams, o ala de 23 anos, acrescentou 20 pontos e 4 rebotes com eficiência, enquanto Chet Holmgren, o centro de 21 anos, foi a chave no garrafão — 16 pontos, 8 rebotes e 3 tocos, com uma presença defensiva que desestabilizou o ataque dos Pacers. O trio formou uma alavanca de talento jovem que, juntos, responderam a cada tentativa de reação de Indiana.

A tragédia de Haliburton e a luta dos Pacers

Se o Thunder tinha o futuro em suas mãos, o Pacers tinha a alma em seus ossos. Mas o jogo mudou nos primeiros minutos. Tyrese Haliburton, o líder técnico e cerebral da equipe, sofreu uma lesão grave na perna direita ao tentar um movimento de mudança — e não voltou. Sem ele, o ataque perdeu direção. Bennedict Mathurin, com 24 pontos e 13 rebotes, lutou como um leão, mas a falta de criação e a pressão defensiva do Thunder foram insuperáveis. O Pacers, que havia vencido o Game 6 em casa por 108-91, com uma explosão no quarto período, não conseguiu repetir o feito. A equipe terminou a temporada com 50 vitórias — a maior recuperação da história da NBA a partir de um início de 10-15 — mas o título escapou por um fio.

Paridade histórica e o fim de uma era

Paridade histórica e o fim de uma era

Com este título, o Thunder se tornou o sétimo campeão diferente em sete temporadas consecutivas — um recorde sem precedentes. Depois dos Raptors (2019), Lakers (2020), Bucks (2021), Warriors (2022), Nuggets (2023) e Celtics (2024), a NBA confirmou o que muitos já suspeitavam: o equilíbrio entre as equipes é real, e o domínio de grandes dinastias parece coisa do passado. Os jogadores com experiência anterior, como Pascal Siakam (ex-campeão com Toronto) e Alex Caruso (ex-campeão com Los Angeles), sabiam o valor disso. Mas para Oklahoma City, era algo novo. Algo que os torcedores da cidade não haviam vivido desde 1979 — quando a franquia ainda era o Seattle SuperSonics.

O que vem a seguir?

Agora, o Thunder entra na offseason como campeão — e com uma base jovem que ainda pode melhorar. Gilgeous-Alexander, com apenas 26 anos, é o rosto da nova era. Holmgren e Williams têm potencial para se tornarem All-Stars. A pergunta que fica: será que conseguem manter o elenco? Com salários crescentes e a possibilidade de recontratações, o desafio será manter a química. Já os Pacers, apesar da derrota, saem como um dos maiores exemplos de resiliência da história da liga. A perda de Haliburton, porém, é um alerta. A equipe precisa reconstruir sua liderança — e rápido.

Game 7: o peso da casa

Game 7: o peso da casa

Desde 1950, o time da casa venceu 16 dos 20 Game 7s das finais. Em 2010, os Lakers venceram os Celtics em casa por 83-79. Em 2013, os Heat superaram os Spurs por 95-88. Em 2016, os Cavaliers derrotaram os Warriors em Oakland — o único Game 7 fora de casa desde 2005. Mas em Oklahoma City, o público foi o 12º jogador. O barulho, a energia, a pressão — tudo contribuiu. O Pacers, mesmo com o talento, não conseguiu superar o ambiente. Foi como tentar escalar uma montanha com o vento contra.

Frequently Asked Questions

Por que este título é tão significativo para Oklahoma City?

É o primeiro título da NBA para a cidade desde que a franquia se mudou de Seattle em 2008. Antes disso, o time venceu em 1979 como Seattle SuperSonics. Para os torcedores da região, que sofreram anos de reconstrução e frustrações, este título representa a consolidação de uma visão de longo prazo — e a redenção de uma geração.

O que aconteceu com Tyrese Haliburton durante o Game 7?

Haliburton sofreu uma lesão grave no tendão da perna direita nos primeiros minutos do jogo, após um movimento de mudança sem contato. Ele foi retirado em maca e não retornou. A lesão exige cirurgia e pelo menos seis meses de recuperação, colocando em risco sua participação na próxima temporada. Sua ausência foi decisiva para o desequilíbrio ofensivo dos Pacers.

Como foi possível o Pacers chegar às finais após começar 10-15?

Após o início caótico, o Pacers fez uma mudança tática: investiu em defesa, acelerou o ritmo e confiou em sua juventude. Com a chegada de Haliburton e Mathurin em plena forma, a equipe venceu 40 dos 52 jogos restantes. Foi a maior recuperação de um início ruim na história da NBA — e a primeira vez que uma equipe com esse recorde chegou às finais.

Por que o Thunder venceu os últimos jogos da série?

Após perder o Game 5 e ceder o Game 6, o Thunder ajustou sua defesa: passou a pressionar mais o perímetro, forçou erros e limitou as bolas de três pontos dos Pacers a 31% de aproveitamento. No ataque, Gilgeous-Alexander se tornou o centro do jogo, e Chet Holmgren dominou a área. A equipe também teve melhor aproveitamento nos lances livres (82% contra 71% dos Pacers).

O que este título significa para a NBA no futuro?

Este título confirma a nova era de paridade na liga: sete campeões em sete anos. Não há mais dinastias, mas equipes bem construídas. A tendência é que mais times com jovens talentos, como o Thunder, desafiem os grandes. A liga agora valoriza desenvolvimento, coesão e adaptação — e não apenas contratações de estrelas.

Quem foi o técnico do Thunder e qual foi sua estratégia?

Mark Daigneault, técnico desde 2020, adotou uma filosofia de jogo baseada em movimento, espaço e transições rápidas. Ele confiou em Gilgeous-Alexander como motor ofensivo, mas também deu liberdade para Williams e Holmgren atuarem como armadores de quadra em certos momentos. A defesa, com foco em bloqueios e rotações, foi o segredo — especialmente nos momentos decisivos da série.

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