Entre onda de calor de setembro de 2025, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) registrou temperaturas acima de 40 °C em grande parte do Centro‑Oeste, Norte e Nordeste, superando até o recorde nacional de 42,9 °C batido em São Miguel do Araguaia, Goiás, em 12 de setembro. O fenômeno coincidiu com o fim do inverno astronômico, marcado pelo equinócio da primavera 2025Brasil, e trouxe preocupações sobre saúde pública, agricultura e consumo de energia.
Contexto histórico e meteorológico
O Brasil costuma enfrentar ondas de calor na transição entre inverno e primavera, mas 2025 foi atípico. Desde o início do mês, estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins já registravam máximas acima de 41 °C. Segundo o Climatempo, a zona de influência de uma massa de ar quente e seco, proveniente da América do Sul, foi reforçada por uma circulação de baixa pressão que impediu a chegada de ar polar ao interior.
Especialista em climatologia, Dr. Carlos Souza, explicou que “a combinação de alta insolação, umidade mínima e a ausência de frentes frias cria o cenário perfeito para uma onda de calor prolongada”. Ele acrescentou que a tendência de desvios de temperatura cada vez maiores está alinhada com projeções de aquecimento global para a região.
Detalhes da sexta onda de calor
Durante os cinco dias analisados, as áreas classificadas como vermelhas no mapa de risco apresentaram temperaturas 5 °C ou mais acima da média histórica de setembro. Regiões laranjas ficaram entre 3 °C e 5 °C acima da média. Enquanto o Centro‑Oeste registrou picos de 42 °C em Cuiabá e 41,5 °C em Campo Grande, o Norte manteve máximas entre 38 °C e 40 °C em cidades como Belém e Manaus.
- 12/09 – São Miguel do Araguaia (GO): 42,9 °C (recorde nacional 2025)
- 18‑22/09 – Temperaturas acima de 40 °C em 60% do território nacional
- Umidade relativa do ar entre 20 % e 30 % nas regiões mais afetadas
- Previsão de redemoinhos de poeira e cortinas de fumaça em áreas áridas
No Sudeste, a situação foi menos extrema, mas ainda incomum: São Paulo e Minas Gerais registraram máximas de 37 °C, bem acima da média de 29 °C para esse período. O norte do Paraná também sentiu o calor, com máximas de 35 °C em Londrina.
Reações das autoridades e medidas adotadas
Os governos estaduais de Goiás, Tocantins e Mato Grosso emitiram alertas de saúde pública, orientando a população a evitar esforço físico intenso entre 10 h e 16 h e a manter hidratação constante. Em Brasília, a capital federal, o Planalto ativou o Plano de Contingência para Ondas de Calor, que inclui ampliação de unidades de pronto‑socorro e monitoramento de hospitais por falta de leitos.
O Instituto de Defesa Civil de cada estado também instalou “pontos de hidratação” em áreas de grande circulação, como praças e terminais de ônibus. Enquanto isso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) avisou sobre possíveis racionamentos de energia nas regiões de maior consumo, sobretudo nas áreas agrícolas que dependem de irrigação.
Impactos na saúde, agricultura e energia
Hospitais registraram aumento de 18 % nos atendimentos por desidratação e crises de asma, especialmente entre idosos e crianças. Em Goiânia, o número de internações por insolação dobrou em relação ao mesmo período do ano passado.
Na agropecuária, a falta de chuva e a alta evaporação comprometeram safra de soja em Mato Grosso e milho em Tocantins. Produtores relataram perdas estimadas em R$ 2,3 bilhões, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Do lado energético, a demanda por ar‑condicionado subiu 22 % nas capitais mais quentes, pressionando o sistema de transmissão. No Rio de Janeiro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) acionou usinas térmicas de reserva para evitar apagões.
Perspectivas e possíveis desdobramentos
Especialistas apontam que, se as projeções climáticas de aumento de frequência e intensidade de ondas de calor se confirmarem, o Brasil precisará rever suas políticas de planejamento urbano, saúde pública e abastecimento de água. “Não é mais questão de um evento isolado; estamos diante de um padrão que se repete a cada década”, alerta a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Dra. Ana Lúcia Ribeiro.
Para o restante de 2025, as previsões indicam que a região Sul terá alívio relativo, enquanto o Centro‑Oeste e o Norte podem enfrentar novas ondas de calor nos próximos meses, impulsionadas por eventos de La Niña mais fracos.
Como se proteger nas próximas ondas de calor
As recomendações dos órgãos de saúde enfatizam: consumir água regularmente, evitar alimentação muito quente, usar roupas leves e proteger a cabeça com chapéus ou bonés. Em ambientes internos, manter ventilação cruzada e, quando possível, usar ventiladores para reduzir a sensação térmica.
Perguntas Frequentes
Quais cidades podem bater recordes de temperatura em 2025?
Além de São Miguel do Araguaia, capitais como Goiânia, Brasília, Cuiabá e Palmas já registraram máximas acima de 40 °C e podem superar seus recordes anuais se a tendência de calor persistir.
Como a onda de calor afeta a saúde da população?
O calor extremo eleva o risco de desidratação, insolação e crises de doença cardiovascular. Hospitais relatam aumento de atendimentos de 15 % a 20 % em áreas atingidas, sobretudo entre idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.
Qual o papel do INMET na monitorização dessas ondas?
O INMET emite boletins diários, define zonas de risco (vermelho, laranja) e fornece dados de temperatura, umidade e vento que servem de base para as decisões de governos e serviços de emergência.
O que os agricultores devem fazer diante desse calor?
A adoção de técnicas de irrigação eficiente, cultivo de variedades mais resistentes ao calor e o monitoramento constante da umidade do solo são essenciais. A Copel Agro recomenda antecipar a colheita de culturas sensíveis para minimizar perdas.
Quais são as previsões para os próximos meses?
Modelos climáticos indicam manutenção de temperaturas elevadas no Centro‑Oeste e Norte até o final de outubro, enquanto o Sul pode experimentar um frescor relativo, reduzindo o risco de novas ondas de calor imediatas.
18 Comentários
Galera, a situação está séria, mas dá para se proteger. Primeiro, beba água ao longo do dia, não espere sentir sede. Use roupas leves, chapéus ou bonés e procure lugares sombreados nas horas de pico. Se puder, mantenha o ar‑condicionado ou ventiladores ligados, mas cuide da conta de luz. E não se esqueça de checar os pontos de hidratação espalhados nas cidades, eles são fundamentais.
É impressionante, como a temperatura disparou, e isso afeta tudo – da saúde, da agricultura, da energia – tudo ao mesmo tempo, e não podemos ignorar esses sinais, portanto, manter a hidratação, procurar sombra e ficar de olho nas recomendações das autoridades são medidas essenciais.
Mesmo com toda a atenção, muita gente ainda esquece de colocar protetor solar, o que pode causar queimaduras terrívias e ainda piorar a desidratação, então fique atento.
Claro, o calor não vai ser tão forte assim, né?
Meu Deus, estamos vivendo um verdadeiro inferno escaldante! Cada dia parece um forno industrial, onde o sol não dá trégua e a umidade é apenas um mito distante. As cidades transformaram‑se em brasas, e o ar - tão seco - corta a garganta como papel de lixa. Agricultura? Um pesadelo: as lavouras de soja murcham, o milho racha, e o boi parece derreter antes mesmo de chegar ao pasto. Órgãos de saúde recebem fila de pacientes com desidratação, crises de asma e até casos de choque térmico. As usinas de energia correm contra o relógio, trazendo geradores de reserva como se fossem heróis de filme de ação. E o pior: a população, cansada, tenta se sustentar em “ponto de hidratação” que, às vezes, já está vazia. Os governos emitem alertas, mas parece que ninguém tem um plano de longo prazo – só medidas paliativas. O clima, porém, não espera por promessas; ele continua aumentando, como se fosse um algoritmo desenfreado de aquecimento. Estudos apontam que, se nada mudar, esses recordes se tornarão rotina, e isso pode desencadear crises ainda maiores nas próximas décadas. A gente precisa repensar urbanismo, investir em infraestrutura verde, e, acima de tudo, mudar hábitos. Cada litro de água economizado conta, cada árvore plantada traz sombra, cada ação individual soma. Não podemos mais ficar de braços cruzados, esperando a próxima onda de calor nos elevar ao céu. Então, bora agir, antes que a gente seja só história de um verão que nos consumiu.
Concordo, mudar hábitos é essencial e a gente pode começar plantando árvores no bairro.
E aí, pessoal! Vamos transformar esse calor em oportunidade? Compartilhem nas redes os pontos de hidratação, ajudem vizinhos a fechar portas nas horas de pico e usem ventiladores criativamente. Juntos, a gente supera esse verão escaldante e ainda fortalece a comunidade!
É claro que nós, brasileiros, sempre mostramos resistência diante das adversidades climáticas, mas não podemos fechar os olhos para a realidade cruel que se apresenta diante de nós. Enquanto alguns políticos alardeiam discursos vazios, o povo sente na pele o suor escorrendo, o cansaço acumulado e a preocupação constante com a conta de luz. Essa onda de calor não é apenas um fenômeno meteorológico; é um reflexo da falta de políticas públicas consistentes e da negligência que tem vindo a marcar nosso país. Precisamos de ação imediata, não de promessas que evaporam como gota de água ao sol. Cada comunidade deve ter acesso a recursos de energia limpa, sistemas de irrigação eficientes e assistência médica pronta. Só assim vamos garantir que o futuro da nossa nação não seja marcado por tragédias evitáveis.
Não dá para ficar de braços cruzados enquanto o calor mata nossos idosos e crianças, por isso exijo que as autoridades reforcem os pontos de hidratação e ampliem o atendimento nos hospitais já imediatamente.
Vamos nos unir e garantir que ninguém fique sem água nesse calor.
Equipe, lembrem‑se de fazer pausas regulares, beber água a cada 20 minutos e procurar sombra sempre que possível. Essas pequenas atitudes mantêm a energia e evitam problemas de saúde.
É lamentável que, em pleno século XXI, ainda precisemos lutar por condições básicas de sobrevivência durante uma onda de calor; devemos exigir governança responsável e justiça climática para todos.
Instale ventilador de teto: circula o ar e reduz a sensação de calor sem gastar muita energia.
A natureza nos lembra que o calor extremo é sinal de desequilíbrio; refletir sobre nossa relação com o planeta nos ajuda a buscar soluções sustentáveis e respeitosas.
Sabiam que nas festas tradicionais do interior, as pessoas costumam usar mantas de algodão e dançar ao ar livre para se refrescar naturalmente? É uma prática cultural que ainda pode inspirar alternativas modernas.
É importante beber água e ficar na sombra.
🚨 Atenção: enquanto a mídia fala de “ondas de calor” como algo natural, há quem acredite que grandes corporações de energia estejam manipulando dados para aumentar tarifas e vender mais aparelhos de ar‑condicionado. Eles controlam satélites, espalham informações falsas e criam medo para lucrar, tudo isso sob o pretexto de “alteração climática”. Não se deixe enganar, procure fontes independentes e questione cada número que aparece nos relatórios oficiais. O poder está nas mãos de quem controla a informação, e nós precisamos desmascarar essa estratégia de dominação silenciosa. 🌡️💰
Uau, que calor! 😓 Vamos cuidar uns dos outros e não esquecer de beber bastante água! 🌊